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Professor Cassiano Ricardo



Nome: Cassiano Ricardo Moraes Nascimento

Nascimento: 07/01/1975

Naturalidade: São Paulo - SP

Escolaridade: Pós-graduado

Profissão: Professor

Atividades: “Atuo como professor de História na Rede Pública Municipal de São Paulo e toco no Industrial Holocaust desde 1992”


ABDUÇÃO EXTREMA – Meu velho amigo Cassiano, primeiramente gostaria de lhe agradecer por esta entrevista, e também, lhe parabenizar pelo seu papel tão importante e fundamental em nossa e para nossa sociedade! Infelizmente uma grande parcela desta sociedade não vê desta forma, tanto quanto o próprio Estado não vê:

CASSIANO RICARDO – Sim, infelizmente o professor no Brasil nunca foi valorizado pelo Estado e por grande parte da sociedade. Além do que, no capitalismo a educação é vista como algo que visa à formação profissional tecnicista, e disciplinas que visam à formação do indivíduo pensante, como História, Filosofia e Sociologia, estão sendo cada vez mais reduzidas. O reflexo disso é esse emburrecimento coletivo que temos visto nos últimos anos.


ABDUÇÃO EXTREMA – Sua formação é História! Há quanto tempo leciona e em qual rede de ensino?

CASSIANO RICARDO – Desde 2001, ou seja, há 16 anos sempre na Rede Pública (tanto Estadual como Municipal).


ABDUÇÃO EXTREMA – Quais são as principais dificuldades que você encontra no exercício de sua profissão?

CASSIANO RICARDO – A escola é uma caixa de ressonância da sociedade e todos os problemas que vemos por ai, são concentrados e agudizados nesse ambiente, lembrando que minha experiência é na educação Pública e o Estado é totalmente omisso em relação aos problemas deste cotidiano. Salas superlotadas, currículo defasado, baixo salário, falta de recursos, ambientes muitas vezes insalubres, excesso de burocracia entre outros. Também destacaria a questão da violência e da indisciplina. A função do professor quase sempre é desviada e se perde muito tempo em resolver conflitos, tempo este que deveria ser utilizado na formação dos alunos.


ABDUÇÃO EXTREMA – Exato! Este é inclusive o tema principal nesta edição, a violência e indisciplina contra professores e professoras! Você já sofreu algum tipo de agressão física ou verbal?

CASSIANO RICARDO – Sim, algumas vezes verbal.


ABDUÇÃO EXTREMA – Muitos desses casos de violência e indisciplina atribuem-se a alunos que vivem conflitos dentro de sua própria casa, contra seus próprios pais que possuem um histórico de violência, muitas vezes alcoolismo, dificuldade financeira, enfim, uma série de fatores... Diante deste tipo de situação de conflito, qual a postura que você adota para resolver o problema?

CASSIANO RICARDO – Isso não é uma regra, nem sempre esses casos de indisciplina e violência estão ligados a esse cenário. Atualmente a questão da terceirização da educação por parte dos pais em relação aos filhos, também reflete nessa indisciplina, tanto quanto problemas de violência doméstica. Pais delegam à escola o papel de educar seus filhos, quando na verdade a função da escola seria a escolarização desses. Educar cabe aos pais! Se eu percebesse que a indisciplina é motivada por violência doméstica, primeiramente conversaria com o aluno e tentaria de alguma forma aproximar-me dele, para entender melhor a situação. Dependendo da idade e do tipo de violência, comunicaria à Gestão Escolar e os outros professores para que convocássemos os responsáveis para uma conversa, ou em alguns casos, na última instância, é acionado o Conselho Tutelar. Mas para enfrentar os problemas do dia-a-dia, o melhor caminho que encontrei foi o diálogo e a aproximação com os alunos.


ABDUÇÃO EXTREMA – Sim, concordo que não é uma regra! Além dos ensinamentos específicos de sua formação, você procura passar outros ensinamentos ou mensagens para seus alunos?

CASSIANO RICARDO – Sempre! O objetivo maior é formar pessoas reflexivas e questionadoras que entendam que toda forma de unanimidade, é burra. Formar jovens críticos e combativos dispostos a lutar por mudanças, isso vai muito além do que é proposto pelo nosso currículo escolar... O conhecimento é libertador.


ABDUÇÃO EXTREMA – "Formar jovens críticos e combativos"... Você realmente acredita que isso possa acontecer? Acredita que os jovens de hoje tem essa preocupação?

CASSIANO RICARDO – Sim! Todo jovem é um ser em formação. Obviamente que a sociedade num todo tem um grande papel nisso. É difícil concorrer com a alienação da TV e internet, mas esse é o nosso papel: resistir e continuar na luta! Se de todos eu conseguir atingir um, já terá valido a pena.


ABDUÇÃO EXTREMA – Muito bem! Qual a faixa etária dos alunos aos quais você leciona?

CASSIANO RICARDO – Atualmente entre 11 e 15 anos.


ABDUÇÃO EXTREMA – Acredito que ainda seja uma faixa etária que dê para trabalhar nesse sentido! Como você avalia a importância de sua função, seu papel como professor?

CASSIANO RICARDO – Ser professor é estar na linha de frente na formação de todas as profissões, sendo assim é primordial. Meu papel como professor é passar um pouco de conhecimento que possa ser usado no dia a dia de cada aluno.


ABDUÇÃO EXTREMA – Para você, ser professor é um desafio ou uma realização? Ou as duas coisas?

CASSIANO RICARDO – Os dois. É um desafio ser professor nos dias atuais, nesta sociedade que privilegia a informação rápida e não se aprofunda em nada, e uma realização porque gosto de ensinar e de trabalhar com jovens. Apesar dos inúmeros problemas, é um ambiente produtivo.


ABDUÇÃO EXTREMA – Qual sua profissão anterior?

CASSIANO RICARDO – Auxiliar de Escritório!


ABDUÇÃO EXTREMA – Já se emocionou assistindo o filme “Ao Mestre com Carinho”? Pode falar a verdade... Hehehe!

CASSIANO RICARDO – Kkkkk... Sim, o filme é bacana, retrata bem uma época.


ABDUÇÃO EXTREMA – Eu o assisti várias vezes e o considero um clássico do cinema. Ok meu amigo, finalizando este tema, de acordo com toda sua vivência no âmbito escolar, quais seriam suas sugestões para que houvesse de fato, uma reforma educacional coerente? Ou você acha que antes da reforma educacional, deveriam existir muitas outras reformas? Enfim, sinta-se a vontade em comentar sobre isso:

CASSIANO RICARDO – Eu acho que dentro desta sociedade capitalista, não existe nenhum interesse sério em mudar a educação. O que existe são profissionais dedicados e que resistem acreditando numa educação pública gratuita e de qualidade. Todas as medidas de melhorias são paliativas. O que acontece, são governos no máximo ditos progressistas, aplicarem parte de obras de grandes educadores, geralmente fora de contexto. No geral, a educação é gerida por tecnocratas que nunca pisaram numa sala de aula. Sem mudanças profundas que só podem ser conquistadas por uma revolução, as medidas, em menor ou maior escala, são apenas sacrifícios individuais ou comunitários. E olha que estamos falando de São Paulo, um dos Estados mais ricos da União, então imagina como é a educação nos rincões deste país. Acredito que sem mudanças radicais, só a educação não seja suficiente para mudar o Brasil. A ideia de uma educação salvadora é muito antiga em nosso país e nunca foi nem será levada a sério.


ABDUÇÃO EXTREMA – Cara, adorei suas respostas! Agora, vamos falar um pouco sobre o Cassiano e suas atividades no submundo! Gostaria de saber sobre os seus primeiros dias na cena Underground, como e quando você teve o seu primeiro contato? Qual foi a primeira banda que despertou seu interesse? Seu primeiro disco ou fita, enfim, diga-nos sobre o início de sua trajetória!

CASSIANO RICARDO – Cara, foi através de zine e de trocas de cartas! Já tinha o LP do Napalm Death saca, o Scum, e aos poucos fui conhecendo bandas como Necrobutcher, Nuctemeron, Mystifier, Dissector e etc. Cara, um dos primeiros tapes que peguei e tenho até hoje, é um que têm Sound Pollution split com Rotting Christ, Fear of God, Hellhouse e Agathocles. Naquele tempo tinha pouco LP e EP, o negócio era fita mesmo rsrsrsrs! Isso em meados de 1989, logo na sequência montamos a Morbideath.


ABDUÇÃO EXTREMA – Você se lembra do primeiro show em que foi? Quais as bandas que tocaram e quando foi?

CASSIANO RICARDO – Neste período de banger, fui a vários shows de Metal, tanto de banda gringa quanto de nacional, mas neste circuito Underground que estava em formação, a minha primeira gig foi o som de São Carlos, o Morbideath tocou junto com Infernal Noise, Extermínio Brutal, Hellside e Genocídio. Já me correspondia com várias bandas, tinha já muitas demos, mas não tinha ido a um show, depois deste, não parei mais até hoje!


ABDUÇÃO EXTREMA – Além das fitas e zines, a Morbideath foi sua primeira atividade na cena, juntamente com seu eterno amigo e parceiro Rivelino, correto? Diga-nos como foi que surgiu a ideia de formar uma banda, e o que os teria motivado a iniciá-la?

CASSIANO RICARDO – Sim, eu e o Riva tocamos juntos desde 1989, curtíamos muita banda nacional foda e ainda curtimos tipo Holocausto, Sarcófago, Genocídio e as gringas Napalm Death, E.N.T., Mayhem, e todas as outras citadas anteriormente. Tudo isso que estava rolando já era uma motivação para montar uma banda e foi o que fizemos, eu, Riva e o Jamil. Quando o Napalm Death veio em 1990, também fortaleceu demais a cena Underground, foi algo histórico, nunca vou esquecer!Gravamos um ensaio da Morbideath e o Jamil conseguiu entregar para o Barney em cima do palco, com os caras tocando! Quem conheceu o Dama Xoc, sabe como o palco era baixo e o mosh corria solto, as coisas mudaram bem depois deste show meu amigo.


ABDUÇÃO EXTREMA – O Jamil chegou a tocar na Morbideath?!

CASSIANO RICARDO – Sim, na verdade eu e ele formamos a banda em 1989, no começo o Riva era emprestado para nós, o Riva tocava na Faces of Death, ou, F.O.D., ai em 1990 entrou em definitivo, e em 1991, o Jamil sai da banda ficando só eu e o Riva.


ABDUÇÃO EXTREMA – Ahhh ok... Tenho aqui a fudida demo tape de 27 sons de 1991, além desta demo tape, a Morbideath chegou a gravar algum outro material? Vocês chegaram a tocar ao vivo?

CASSIANO RICARDO – Sim, tem a rehearsal tape de 1989, “Genocide Slaughter”, a de 1990, “Slow Rotting Me Corpse”, e de 1991, a demo tape que voce citou. Sim tocamos em São Carlos em 1990 como disse, em Itápolis e em São Paulo em 1991.

ABDUÇÃO EXTREMA – Industrial Holocaust surgiu em 1992 como uma continuação da Morbideath? Quais razões para uma nova banda?

CASSIANO RICARDO – Não, não foi uma continuação! Na verdade foi um rompimento, era algo que estava acontecendo em várias frentes, muitas bandas na epoca acabaram trocando de nome ou reformulando, era uma maneira de mudar as letras, os visuais, as ideias, a temática... Necrobutcher virou S.R.M.P., Rigidity Cadaveric é base para a Rot, Rotten Angel virou Rotten Anger, na real, foi aquela quinada ao Hardcore, as letras politizadas, enfim, foi uma mudança enorme no movimento a partir de 1992.


ABDUÇÃO EXTREMA – Como está a Industrial Holocaust hoje e qual sua formação atual? Algum novo lançamento nos planos?

CASSIANO RICARDO – Estamos muito bem! Fazendo mutas gigs e lançando materiais, 100 % na ativa. Temos muito ainda a produzir e estamos firmes neste propósito. A formação atual é: eu no baixo e vocal, Sérgio na guitarra e vocal e Riva na bateria e vocal. Já estamos estabilizados nesta formação desde fim de 2014. Este ano saíram vários split tapes com bandas de amigos e agora em outubro, saiu o split EP de 25 anos de banda com os amigos da Lotus Fucker.


ABDUÇÃO EXTREMA – Além da Industrial Holocaust, você faz parte do coletivo que organiza o São Caos Festival, diga-se de passagem, o melhor festival Underground que vem acontecendo atualmente! Um festival muito bem organizado, pontual em relação aos horários das bandas (e isso eu acho muito importante), em um lugar muito foda em meio à natureza e como se não bastasse tudo isso, ele é gratuito. Parabéns para você e todos do coletivo por nos proporcionarem tudo isso...

CASSIANO RICARDO – Muito obrigado! O coletivo é formado por amigos que já se conhecem há mais de 20 anos, com a proposta de fazer um festival com os princípios do Underground que sempre acreditamos. Sempre tivemos o intuito de fazer um festival antilucro, antimercenários e com espírito libertário. Todas as edições tem sido um grande sucesso, tanto de público como das bandas que entendem a proposta do festival. Esperamos que ainda haja muitas edições, e se depender do Coletivo, com certeza haverá muitas.


ABDUÇÃO EXTREMA – Tive o grande privilégio de poder registrar em vídeo todas as quatro edições! Muito bem, o que você poderia nos dizer sobre a atual cena Underground de São Paulo? Quais bandas, zines e selos você recomendaria?

CASSIANO RICARDO – A cena Underground em São Paulo anda muito boa. Sempre há shows em espaços como Zapata, Morpheus e Centros Culturais. Existem muitas bandas na ativa e bem atuantes como Nuclëar Fröst, Helvetin Viemärit, Óbitto, V.M.R. e D.O.M. Recomendo o zine do Rikardo Chakal (Visual Agression) e do Anderson Gordo (Alucinoise Zine), por sinal, zines excelentes. Selos: Obsolete Productions e Absurd Records. Esses são os que me lembro no momento.


ABDUÇÃO EXTREMA – Ok, antigamente você sabe, era muito difícil de conseguir discos e gravações, hoje em dia você pode conseguir qualquer coisa facilmente, de demos a CD’s, basta sentar na frente do computador e com poucos clicks você consegue baixar a discografia de uma banda, até mesmo raridades como demo tapes, ensaios e etc! O que você acha disso? O que você acha dessa modernidade toda e da cena de internet?

CASSIANO RICARDO – Cara, é algo inevitável isso! Infelizmente banalizou! Claro, acredito que o radicalismo praticado de forma consciente, ajudou muito a cena e a fortaleceu. Hoje não existe mais isso, pois pela internet se pode escutar, baixar raridades e comprar materiais originais com um click. Acho isso uma merda, pois não cria caras reais na cena e ainda por cima, hoje em dia se trocou o radicalismo do Underground por um elitismo sem fim de consumir materiais. As pessoas do movimento foram substituídas por colecionadores. Pessoas que estão preocupadas em ter discos e tapes e todo tipo de material raro para colecionar. Não pinta em gigs, não contribui com nada para a cena Underground resistir, são apenas consumidores vorazes de materiais. Isso era algo que não existia há vinte anos, pois o cara curtia mesmo o som e tinha gravado num tape o que era real e verdadeiro. Hoje, infelizmente, o Underground é apenas uma sombra do que realmente foi.


ABDUÇÃO EXTREMA – Falando em radicalismo, hoje ainda vejo algumas bandas e pessoas que erguem essa bandeira. Eu acredito que haja uma peneira natural no Underground, que só passa ou permanece quem é e quem realmente gosta. Você não acha que o radicalismo excessivo é de certa forma, seletivo, discriminatório e autoritário? Tipo decidir quem pode e quem não pode? Ditar regras e determinar quem é poser e quem não é?

CASSIANO RICARDO – Sim isso mesmo! Existe uma peneira natural que afasta e separa quem está nesta por modismo. Acho que existem pessoas que praticam um radicalismo consciente que é necessário. Claro, sem discriminar ou ser autoritário. Mas se você esta na cena será respeitado se conquistar isso. Eu nunca fui seletivo de falar quem pode ou não pode escutar tal banda. Na verdade, acho ótimo, ver gente nova empenhada em pegar bandas antigas. É muito bom que tenha pessoas interessadas no Underground. Mas, acho que ninguém vai ficar passando som ou gravando tapes, se perceber que esta pessoa realmente não curte e valoriza esta cena que muita gente lutou para manter. Sem falar que atualmente há uma grande despolitização na cena. Há muitos reacionários dentro e muita gente tolerando isso inclusive em gigs. Acredito que há necessidade de radicalismo neste ponto, pois é intolerável nazifascistas, homofóbicos, machistas ou sexistas na cena libertária. Isso é incompatível com o Grindnoisecore e o Underground em geral.


ABDUÇÃO EXTREMA – Muito bem Cassiano! Uma das coisas que sempre repudiamos no movimento foi o mercenarismo / capitalismo, no entanto, eu vejo alguns que sempre levantaram essa bandeira comprando discos que chegam a ter preços absurdos beirando os R$500,00! Cada um cada um, mas isso não seria uma contradição, um tiro no próprio pé? O que você pensa sobre isso?

CASSIANO RICARDO – O Industrial Holocaust, por exemplo, nunca vendeu seus materiais. Fazemos apenas trocas. Mas vemos nossos materiais serem vendidos, consciência de cada um comprar ou não já que disponibilizamos para troca. Sim é uma grande contradição. Não existe mais este espirito anticapitalista,antimercenários. Isto ficou reduzido há grupos de pequenos amigos que acreditam fielmente nessa luta, é uma pena que seja uma realidade na cena isso, os tempos mudaram e isso foi aceito por todos e destoa totalmente do Underground nosso! Tudo aquilo que acreditávamos se desfez no ar. Na real, hoje temos em sua maioria colecionadores e no fundo é isso que sobrou tirando alguns grandes guerreiros que se mantem no real Underground.


ABDUÇÃO EXTREMA – Considerando a utilização da internet para a divulgação de bandas, shows, resenhas, reportagens e etc., qual sua opinião sobre os fanzines hoje em dia?

CASSIANO RICARDO – É claro que a utilização da internet em termos e divulgação nos dias de hoje é muito boa para as bandas, principalmente se o intuito da banda for divulgar. É muito mais fácil você ler divulgação de bandas, shows e resenhas pela internet, mas eu particularmente, gosto do material físico, gosto de sentir o que eu leio. Fanzine físico é resistência, é o verdadeiro espírito do Underground. É algo que não deve morrer nunca. É ótimo que existam pessoas como você que mantenha essa atividade que fortalece tanto a cena.


ABDUÇÃO EXTREMA – Obrigado Cassiano! Voltando lá no comecinho do seu envolvimento com o Underground aos dias de hoje, o que você considera que tenha mudado em sua vida? Acredita que de alguma forma, a cena possa causar mudanças na vida de uma pessoa? Na forma de encarar a sociedade, por exemplo:

CASSIANO RICARDO – Ahh sim, com certeza me ajudou muito sim, melhorou minha autoestima! Ajudou muito e ajuda a suportar este mundo de merda que vivemos. Amizades verdadeiras também foram conquistadas, e é uma forma de nos expressarmos, de vivermos, um estilo de vida que está presente comigo 24 horas por dia, o ano todo e tem me feito muito bem.


ABDUÇÃO EXTREMA – Cassiano, chegamos ao final! Quero lhe agradecer imensamente pelo seu tempo, disposição e paciência em responder esta entrevista. Se houver algo que gostaria de acrescentar, fique a vontade:

CASSIANO RICARDO – Eu que agradeço você Luis Mosh pela oportunidade de estar aqui batendo esse papo tão produtivo. Você que nos apoia e conhece há mais de 25 anos e sabe da nossa luta e resistência. Deixo um convite a todos que lerem esta entrevista: Mantenham o espírito do real Underground e façam disso um estilo de vida e não um modismo passageiro!


Contato: www.facebook.com/Industrial-Holocaust-303849019723713

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